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Blog da Gold

Crianças e jovens estão seguros nas redes sociais?

Especialista em direito digital e proteção de dados explica a importância do uso consciente e responsável da internet pelos pequenos e adolescentes

Com o acesso a conteúdos inadequados, a capacidade de compreensão de crianças e adolescentes é facilitada, assim como a sua vulnerabilidade a conteúdos considerados perigosos e aliciadores é potencializada. É o que mostra Alessandra Borelli, autora do livro “Crianças e adolescentes no mundo digital“. A advogada afirma que as redes em excesso acabam por expô-las à violência e até mesmo a conteúdos de caráter sexual. Por isso, é importante os pais acompanharem de perto, impondo limites.

“Se e quando utilizada com consciência e responsabilidade, a internet e todos os demais avanços tecnológicos representam mecanismos valiosos e incomparáveis, tanto para a comunicação como para acesso à informação, entretenimento e até educação. Por outro lado, o acesso a conteúdos inadequados à capacidade de compreensão de crianças e adolescentes é facilitado, assim como a sua vulnerabilidade à pornografia, e a ação de aliciadores acaba sendo potencializada”, alerta.

Leo Fraiman, psicoterapeuta especializado em comportamento infantil, assinou a obra e relata como a inteligência emocional da criança e do adolescente se compromete quando eles deixam de participar e entender o contexto em que estão inseridos para ficar constantemente conectados. 

ÉTICA 

Em entrevista ao Estado de Minas, Alessandra relata que a internet não é uma problemática na segurança e no desenvolvimento das novas gerações. “A internet em si não é, nunca foi ou será um problema, mas a forma como é utilizada pode ser. Quando usada de forma ética, segura e responsável, constitui-se em um mecanismo de acesso à informação e comunicação, pesquisa e produção de modo espetacular e incomparável.”

Sendo assim, a presença dos pais na educação digital dos filhos é de extrema importância. Por isso, uma das dicas de Alessandra no livro é estabelecer diálogos. “São muitas as dicas e todas podem ser encontradas no livro, mas se me pedissem para dar apenas uma, seria: participe da vida digital de seu filho, estabelecendo um canal de comunicação empático, acessível e sem julgamentos. Educar digitalmente os filhos vai muito além de ‘fiscalizar’ suas interações, sobretudo porque, na maioria das vezes, eles são habilidosos o suficiente para apagar quaisquer rastros acessíveis aos seus pais.”

De acordo com a autora, a ideia do livro surgiu a partir da percepção de uma sociedade hiperconectada, na qual, consequentemente, crianças e jovens se tornam vítimas da negligência. “Percebo o quanto a falta de conhecimento e orientações adequadas é capaz de refletir no uso equivocado das novas tecnologias, sobretudo pelas novas gerações, que, mal direcionadas, rendem-se muitas vezes aos encantos negativos do universo digital e, consequentemente, tornam-se protagonistas de crimes e ilícitos cibernéticos, ora na condição de vítimas, ora de infratores”, comenta.

Sem dúvida, a educação se faz como ferramenta mais eficaz de proteção de usuários da internet, tanto para crianças, jovens ou até mesmo adultos, além de ser fundamental para a capacitação de todo corpo social.

Como o título sugere, a obra tem o objetivo de colaborar com famílias e escolas com as informações, ferramentas, insights e materiais necessários às suas atuações enquanto exemplos e mentores de crianças e adolescentes. “Somente com educação é possível alcançar o melhor e mais seguro proveito dessa fantástica evolução e, ao mesmo tempo, prevenir os riscos atrelados à sua má utilização.”

Fonte: https://www.em.com.br

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